ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: 363-3

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363-3

Avaliação da audição em idosos: enfoque na percepção de fala

Autores:
CRUZ, P.C.1
1 FOB-USP - Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A população idosa está aumentando consideravelmente. A perda auditiva é dos distúrbios crônicos relacionados ao envelhecimento. Uma das principais queixas do indivíduo idoso é a dificuldade em reconhecer a fala em situações onde o ruído está presente. A audiometria tonal liminar é ainda considerada uma importante avaliação para a perda auditiva, contudo, testes que avaliam a percepção da fala no ruído proporcionam condições semelhantes ao cotidiano desta população. Objetivo: verificar a influência da idade nos limiares audiométricos e nos testes de percepção de fala convencionais (logoaudiometria) e na presença de ruído competitivo em idosos com perda auditiva, de ambos os gêneros. Métodologia: Participaram do estudo, 80 idosos, 43 do gênero feminino e 27 do gênero masculino, divididos em quatro grupos: G1 – composto por 14 indivíduos do gênero feminino de 60 a 69 anos; G2 –15 indivíduos do gênero masculino de 60 a 69 anos; G3 –29 indivíduos do gênero feminino de 70 a 80 anos; G4 –22 indivíduos do gênero masculino de 70 a 80 anos. Os critérios da seleção dos indivíduos foram a perda auditiva neurossensorial bilateral simétrica com média dos limiares tonais obtidos nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz variando de 40 a 75 dBNA e ausência de alterações neurológicas centrais. A avaliação audiológica contemplou: audiometria tonal liminar, timpanometria, Brazilian Hearing In Noise Test – HINT-Brasil. A análise estatística foi composta pelo Test t para a comparação dos resultados entre os grupos, considerando as variáveis idade e gênero e o Coeficiente de Correlação de Pearson que verificou a correlação entre a idade e os resultados obtidos nos testes. Resultados: Com o avanço da idade a piora nos limiares audiométricos, logoaudiometricos, reconhecimento de fala para monossílabos e o declínio na percepção de fala no ruído é mais acentuada no gênero masculino, com diferenças estatisticamente significantes. Conclusão: Houve uma influência significativa da idade nos limiares audiométricos, percepção de fala convencional (logoaudiometria) e percepção de fala na presença do ruído observada nos achados do grupo de idosos do gênero masculino. Para o gênero feminino a progressão da perda auditiva, e de pior desempenho nos testes de percepção de fala convencionais ou na presença de ruído competitivo foi menos evidente.

Palavras-chave:
 Idoso, Audição, Percepção da Fala